O Brasil teme o dólar: os países do BRICS dependem de soluções de pagamento digital para se tornarem independentes dos sistemas financeiros ocidentais
O Brasil e os países BRICS: a um passo do dólar O Brasil, que atualmente ocupa a presidência dos países BRICS, desempenha um papel crucial na promoção de soluções de pagamento digital. O objectivo é reduzir a dependência dos sistemas financeiros ocidentais, como o SWIFT, e desenvolver uma abordagem mais independente às transacções financeiras internacionais. Soluções de pagamento digital para fortalecer a autonomia financeira Inspirado no sistema Pix do Brasil, que permite transações diretas, o Brasil está planejando um novo sistema de pagamento que visa minimizar a dependência do dólar americano. Esta iniciativa visa acelerar as transações financeiras entre os países do BRICS e desafiar domínios historicamente significativos, como o do dólar americano. BRICS,…

O Brasil teme o dólar: os países do BRICS dependem de soluções de pagamento digital para se tornarem independentes dos sistemas financeiros ocidentais
O Brasil e os países BRICS: um passo longe do dólar
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência dos países do BRICS, desempenha um papel crucial na promoção de soluções de pagamento digital. O objectivo é reduzir a dependência dos sistemas financeiros ocidentais, como o SWIFT, e desenvolver uma abordagem mais independente às transacções financeiras internacionais.
Soluções de pagamento digital para fortalecer a autonomia financeira
Inspirado no sistema brasileiro Pix, que permite transações diretas, o Brasil está planejando um novo sistema de pagamento que minimizará a dependência do dólar americano. Esta iniciativa visa acelerar as transações financeiras entre os países do BRICS e desafiar domínios historicamente significativos, como o do dólar americano. Os BRICS, que incluem o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, posicionaram-se como um importante interveniente no comércio global ao abrigo da sua adesão alargada, que também inclui países como o Irão e a Arábia Saudita.
Sistemas independentes de compensação e custódia
O governo brasileiro pretende estabelecer um sistema independente de compensação e custódia para os países membros. Esta estratégia tem o potencial de alterar significativamente a dinâmica do comércio global e fortalecer a autonomia financeira dos países BRICS. Entre os modelos em discussão está um sistema que permite transações rápidas e diretas, sem obstáculos burocráticos excessivos, mas que permanece vinculado às moedas fiduciárias nacionais.
Apoio à Rússia e a visão do BRICS Pay
A Rússia apoiou fortemente a iniciativa de criação de assentamentos digitais. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou que o Brasil está desempenhando um papel de liderança nas discussões sobre pagamentos digitais transfronteiriços. A criação de uma empresa de resseguros BRICS e de uma infra-estrutura de pagamentos transfronteiriços também está a ser considerada.
Um elemento central da iniciativa é o BRICS Pay, um sistema descentralizado de mensagens financeiras que está em funcionamento desde 2018 e permite aos Estados-membros realizar transações nas suas moedas locais, contornando os intermediários financeiros tradicionais. Isso fortalece a segurança das transações e reduz custos.
Desafios e tensões políticas
Embora os países BRICS estejam a fazer progressos em direção aos sistemas de pagamentos digitais, também existem obstáculos a superar. Nem todos os intervenientes estão dispostos a abandonar a sua dependência do dólar. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou os países BRICS com altas tarifas de importação se tal medida fosse tomada. Isto realça as tensões políticas e económicas que uma transição para uma economia global menos centrada no dólar poderia trazer.
Conclusão
O Brasil e os países BRICS estão no limiar de uma nova era de transações financeiras que poderia potencialmente redefinir a ordem económica global. Ao implementar sistemas de pagamento digital inovadores, esforçam-se por promover a independência financeira e reduzir a dependência do dólar americano. Os próximos desenvolvimentos nesta área serão cruciais para a dinâmica futura do comércio internacional.