Fabio Panetta, membro do Comité Executivo do Banco Central Europeu (BCE), acredita que os ativos criptográficos não garantidos são veículos de jogo sem valor intrínseco que precisam de ser regulamentados. Num artigo de opinião, Panetta observa que embora a regulamentação das criptomoedas seja uma boa resposta para o problema, também deve abordar as estruturas financeiras descentralizadas.
O membro executivo do BCE, Fabio Panetta, acredita que a criptografia deveria estar sujeita a regulamentação semelhante à do jogo
A questão da regulamentação das criptomoedas e como ela deve ser aplicada continua a ser uma questão fundamental para todos os reguladores em todo o mundo. Fabio Panetta, membro do Comité Executivo do Banco Central Europeu (BCE), acredita que as criptomoedas disfarçadas de ativos de investimento são mais parecidas com instrumentos de jogo. Como parte de um artigo de opinião publicado Em 4 de janeiro, Panetta argumenta que as criptomoedas descobertas deveriam ser regulamentadas mais como instrumentos de jogo do que como moedas.
Sobre criptografia, ele disse:
São investimentos especulativos. Os investidores os compram com o único objetivo de revendê-los por um preço mais elevado. Na verdade, são uma aposta disfarçada de investimento.
Como elementos de jogo, é improvável que deixem de existir se forem deixados de lado, explica Panetta, mesmo que não tenham “valor intrínseco” e raramente sejam usados como moeda.
É necessária supervisão financeira descentralizada
A série de eventos negativos em 2022, incluindo o desaparecimento do ecossistema Terra e a falência de uma das maiores exchanges de criptomoedas, a FTX, é parte do que impulsiona a opinião de Panetta. Para ele, o nível de interconectividade que as criptomoedas estão vendo agora com as finanças tradicionais torna impossível deixar as criptomoedas sem regulamentação. Panetta explicou:
Não podemos nos dar ao luxo de deixar as criptomoedas sem regulamentação. Devemos construir barreiras de proteção que fechem as lacunas regulatórias e a arbitragem e abordem diretamente os custos sociais significativos das criptomoedas.
Esta próxima onda de regulamentação, segundo Panetta, não deve apenas ver as criptomoedas como instrumentos de jogo, mas também tributá-las com base nos “custos” que impõem à sociedade. Panetta se aprofunda nas finanças descentralizadas, observando a necessidade de regulamentação neste setor e mencionando empréstimos de ativos criptográficos ou serviços de carteira sem custódia. Finalmente, Panetta apoia a criação de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) para resolver as deficiências da criptografia e preservar o papel dos bancos centrais.
A Europa está actualmente na etapas finais introduzir seu próprio conjunto de regras para criptomoedas chamado MiCA (Markets in Crypto Assets), e é estudar emitir uma versão digital da sua moeda fiduciária, o euro digital.
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Sérgio Goschenko
Sergio é um jornalista de criptomoeda radicado na Venezuela. Ele se descreve como atrasado no jogo, entrando na criptosfera quando o aumento de preços ocorreu em dezembro de 2017. Ele tem formação como engenheiro de computação, mora na Venezuela e é afetado pelo boom das criptomoedas em nível social. Ele oferece uma perspectiva diferente sobre o sucesso da criptografia e como ela ajuda os desbancarizados e carentes.
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